quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A EJA no PNE - Reflexões

O PNE (Plano Nacional de Educação) é uma polítia pública de Estado que ten como um dos objetivos uniformizar a ações administrativas educacionais e ações de todos os estdos e municípios no âmbito da educação de jovens e adultos.

O principal objetivo erradicar o analfabetismo e integrá-la com a educação profissional.
Nas empresas privadas e públicas, deve proporcionar incentivos à criação de programas permanentes de educaçã de jovens e adultos para os seus trabalhadores,como também estimular as universidades e ONG's a promoverem cursos dirigidos à terceira idade.

Expandir a oferta de programas de educação à distância na EJA, com o objetivo de incentivar seu aproveitamento em cursos presenciais é também um objetivo importante e eficaz para a erradicação do analfabetismo no Brasil.

Como presenciamos, no decorrer destes quase dez anos de PNE, no que trata Educação de Jovens e Adultos as propostas contidas neste caminharam a passos muitos lentos, sendo quase imperceptíveis. Prova que as metas pretendidas pelo PNE, apesar de alcançáveis, não seriam possíveis serem habilitadas, postas em práticas em um tempo tão limitado.

Como levantamos em alguns encontros durante as aulas, há uma série de fatores determinantes para a não diminuição no quadro de analfabetos no Brasil, dentre eles podemos evidenciar a falta de renda das famílias pobres, o trabalho infantil e a quase ausência de políticas públicas que invistam nessa modalidade tão deficiente em nosso País.

Portanto, de posse dessas informações tão pessimistas, desses resultados desanimadores, nos resta agora apontar algumas soluções (ou ao menos tentar apontar) para o aceleramento da erradicação do analfabetismo.

Nos próximos dez anos de PNE, certamente seria necessário criar uma política que privilegiasse não apenas a educação básica, técnica etc., mas que dê ênfase a EJA, no sentido de investir financeiramente na EJA para que essas pessoas a que ela atenda, não se limitem às suas dificuldades financeiras. Um exemplo disso seria aliar um Programa já existente à EJA. Por exemplo: a Bolsa Família – para a concessão dela, há uma série de exigências como: frequência regular à escola, vacinas em dia etc. e os beneficiados para não perderem o auxílio que é uma renda complementar, cumprem todas essas exigências. Desta forma a ideia seria criar um Programa de auxílio-educação para esses jovens e adultos, no qual que deva constar entre as exigências: a frequência às aulas da EJA e o rendimento escolar destes alunos, o qual poderia ser avaliado semestralmente.

Sabemos que não seria a maneira mais ajustada, mas com base no Bolsa Família, vimos que o retorno foi e está sendo positivo, pois a evasão à escola, pelos alunos por ele atendidos, teve uma redução muito significativa. Um Programa que vise exclusivamente jovens e adultos, aliado a um recurso financeiro, talvez servisse como suporte importante na luta contra o analfabetismo.

Uma outra alternativa muito útil, mas muito subjetiva e dependente de uma sociedade unida aliada, seria procurar eleger para cargos políticos pessoas que tivessem propostas nessa área destacadas, pessoas que se comprometessem com a Educação como um todo, bem como com a EJA. Pois é conhecido que precisamos ser representados por alguém, pelo fato da nossa “democracia” não nos dá autonomia para tais iniciativas. Nesse sentido então, uma vez elegendo alguém que se comprometa com a erradicação do analfabetismo e com políticas em pró de uma educação isonômica para todos, poderemos cobrar tais medidas e nos posicionar de forma a atuar incessantemente nesta causa.

O Governo Federal poderia criar um fundo exclusivo para atender a empresas privadas que atuam com a EJA. Incentivar quem ajuda, quem investe na educação do povo é uma medida muito positiva.

Desta forma, nada citado acima é utópico ou inalcançável, apenas um desejo, um sonho real de que o Brasil se torne modelo em educação de qualidade. E já que está em evidência no cenário econômico internacional, pode tornar-se ao menos referência na erradicação do Analfabetismo e na criação de políticas próprias para a EJA.

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